Agora
Por Rodrigo Capella*
Fúnebre momento hilário,
Percorre toques de olhar,
Calafrio, imensidão,
O contrário digo não.
Veias da imaginação,
Suar entre gestos,
Sublime a minha volta,
Corda, a toda hora
Ventos que sopram calados,
Amaldiçoados, coitados,
Tempo, vago atado,
Correr, sangue intenso.
Eu mesmo perdido,
Tardio é meu vão,
Coração triste e oco,
Nem pensar em perdão.
Caramba, senso não há,
Palavras perdidas,
O que cita ação,
Intensa, revolta, agora.
*Rodrigo Capella é poeta, escritor e jornalista. Autor de diversos livros, entre eles "Enigmas e Passaportes" e "Transroca, o navio proibido". E-mail: contato@rodrigocapella.com.br