" Em meio aos desespero "
Em campos secos, minha tristeza ecoa,
Onde antes havia vida, agora só há despojos à toa,
A falta d'água levou meu gado e meu cavalo,
Em meio ao desespero, resta apenas um lamento amargurado.
A terra rachada testemunha a dor que me invade,
Onde um dia floresceu a esperança, agora só há saudade,
Meu alazão tombou, vítima da sede impiedosa,
E eu, solitário, choro a perda, nesta paisagem árida e silenciosa.
Em cada passo, sinto o vazio da ausência que ficou,
A falta de água levou tudo o que um dia amei e cuidei,
Meu gado, meu alazão, agora só restam memórias,
E a esperança, como um riacho distante, desvanece em histórias.
Mas no peito, guardo a força para recomeçar,
Mesmo diante da seca, há sonhos a regar,
E na luta contra a aridez, hei de encontrar a fonte,
Para que meu gado e meu alazão não sejam apenas um monte.
Diego Schmidt Concado