Estado de torpor
Nas sombras do meu ser, um eco frio,
Um coração dormente, uma sensação de vazio,
Me sinto como um robô, sem sentimento,
Anestesiado, pensamentos ao relento.
A felicidade, distante e perdida,
A tristeza, até ela está sem cor,
Nesse estado de alma tão desbotada,
Eu não sei o que fazer, pra sair desse torpor.
Mas na busca por resgatar a paleta,
De emoções que um dia me coloriram,
A esperança sussurra como uma canção,
Que a vida me trará dias que floriram.
Assim, em meio à névoa do presente,
Espero que a alma desperte, reluzente,
E que os sentimentos voltem a brotar,
Como flores em um jardim a desabrochar.