Queixas de um mendigo

Sou um grito de revolta

na voz de um condenado

um passaro sem rota

um mendigo desprezado.

Sou a cal da sepultura

no enterro da solidão

alguém morto, sem ternura

esquecido num caixão.

O dia quente que morreu

a noite fria que chegou

mataram quem esqueceu

de esquecer o que chorou.

Foi em vão a minha vida

foi em vão acreditar

foi minh'Alma proibida

da alegria de sonhar!