Harmonia Além do Caos

A brisa do estóico, serena sinfonia,

Em êxtase, contemplo a plenitude,

Quão fugaz é tal espetáculo,

O que o comum mortal vê com servitude.

O extraordinário repousou em meus ombros,

Sua leveza efêmera no início.

Porém, logo desencadeou a tormenta,

Minha voz, em triste tessitura, suplicou a sentença.

Cores desvanecendo diante da visão,

Despeço-me do mundo, lento é o adeus,

Deixando fragmentos, em um triste refrão.

Restará a devoção a quem eu fui um dia,

Sobre ombros que suportam fardos gigantes.

Ou permitirei que todos os fragmentos se esvaiam,

Daquilo que um dia fui em montes radiantes.

Hoje, a dúvida paira sobre o retorno,

Pois os ombros, ásperos, estão marcados,

A dor persiste, não se desfaz com o tempo,

Mas a força dos braços me guia, a cada passo tomado.

No raciocínio, outrora claro e lúcido,

Os pensamentos, em liberdade, vagueiam,

Agradeço às agruras com resignação,

E a paz, no renascer, persigo, onde enigmas flamejam.

hewie
Enviado por hewie em 26/09/2023
Reeditado em 26/09/2023
Código do texto: T7894272
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