CASSINO DAS ILUSÕES
Após um belo jantar
Para o Cassino nos encaminhamos,
Entre drinks e saborosos cafés
Fomos logo observando
Belas máquinas que nos atraiam.
Muito interessada fui me aproximando,
Quão empolgada fiquei
Com tantas luzes coloridas e
Máquinas cheias de moedas,
Que naquele luxuoso navio
Me deparei.
O visual daquele ambiente
Era chamativo, a todos atraía
A ilusão do ganho, estava no semblante
De cada indivíduo que ali se via.
Dalí, sem jogar não se saía.
A expectativa criava uma comoção geral
As cores fortes predominavam causando brilho nos olhos de quem esperava pelo sucesso final.
As fichas com as apostas se aglomeravam
Naquela roleta, onde pessoas apostavam
Tudo o que no bolso tinham.
Vinte e sete preto, treze vermelho e assim
As apostas se sucediam.
Sobre aquele pano verde, todos se amontoavam.
Na ânsia e certeza de ganharem, iam além...
Apostavam também os seus maiores bens.
Até que ao final, saiam desiludidos e
Cabisbaixos, sem um mísero vintém.
Apenas um ganhava, enchendo
De esperança aquele que de longe observava
E de pronto, tomava rapidamente o lugar do evadido.
No Cassino que me encontrava,
Na roleta não me atrevi,
me ative às máquinas de moedas
Que se acumulam de dinheiro vivo...
Enchendo nossos olhos de Cifrões,
Achando que ao colocar a moedinha
A sorte vai nos privilegiar, despejando moedas aos montões.
Em raros momentos as máquinas esvaziam,
O sortudo que receber esse privilégio
Tem que decidir, pegar seu dinheiro e partir.
Pra não ficar tentado a mercê de sortilégios.
Tudo é uma magia...que nos encanta e não
nos deixa resistir.
Uma noite no Cassino pode trazer alegrias
O mais comum porém, é o bolso com avarias.
Palmira de Oliveira (Mira Olliver)
27/08/22