Alma Quebrada - Thiago Henrique

Se inteiro,

Já fui homem honrado,

Legítimo e considerável,

Senhor de mim,

Hoje sou cacos,

Que nossa história,

Tardou um breve fim.

Final feliz,

Já não existe,

Minha alma quebrada,

Persiste,

Nas bobagens românticas,

Que despertou entre nós um dia.

Prefiro me atirar deste abismo,

Do que viver na comodidade,

De teu seio(...),

Que já não me alimenta.

Com essa realidade,

Sinto saudade,

Das tuas mentiras perfeitas.

Vêem-me,

Como uma promessa,

feita a qualquer santo,

em um dia normal,

mas(...),

sou apenas homem,

com a alma em pedaços,

meramente marginal.

Caminho assim,

Chacoalhando no bolso,

Teus tesouros,

Que na verdade

Não reluzem,

Apenas,

aos olhos do tolo confundem.

Se meu sorriso,

Amarelado,

Ainda parece um “cheque sem –fundo”,

Hoje escolho ser um tempo lento,

Hibernando em extremo absurdo.

A paixão vestiu-se,

De fino linho,

Imitou todos os caminhos,

Do desejado amor(...),

desenhou bem os labirintos,

Aos quais,

O “minotauro” das ilusões,

Não quer me soltar.

Sou agora mais notável,

Tenho todos os pecados,

Que não cometi,

Mas nos ombros carrego,

O estranho peso dentro do corpo,

De ser apenas pedaços de mim.

Não há como colar,

Nem aos dias voltar,

Da alma quebrada que ficou,

Nada cabe dela esperar.

Eis que a carne,

Será navalha celestial,

Onde o sopro de luz,

Agora é somente escudo deste vagabundo

Thiago Henrique

Autores do Nossarte
Enviado por Autores do Nossarte em 22/12/2007
Código do texto: T788853