Doces mentiras amargas
Doces mentiras eram aquelas,
as que você me contava.
Ingênua eu, acreditava,
vislumbrada, encantada
suavemente apunhalada.
Sem dor, nada sentia.
Anestesiada.
Amargo o sabor de te reconhecer,
sem vislumbres ou encantos, apenas você.
Punhal em mãos, ensanguentadas.
Sorriso sem vida, língua afiada...
Palavras cruéis, sem candura, ou ternura de outrora,
doeu-me ver amargar minha doçura quando fui embora.