Doces mentiras amargas

Doces mentiras eram aquelas,

as que você me contava.

Ingênua eu, acreditava,

vislumbrada, encantada

suavemente apunhalada.

Sem dor, nada sentia.

Anestesiada.

Amargo o sabor de te reconhecer,

sem vislumbres ou encantos, apenas você.

Punhal em mãos, ensanguentadas.

Sorriso sem vida, língua afiada...

Palavras cruéis, sem candura, ou ternura de outrora,

doeu-me ver amargar minha doçura quando fui embora.

Vanessa Paêdi
Enviado por Vanessa Paêdi em 14/09/2023
Código do texto: T7885632
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