Vivemos em uma sociedade

Os muros do vazio

sobre a mente desmorona,

águas quentes 

e calorentas de um petricor

sem propósito.

Passa o vento sob o prisma,

dum raio escaldante

ele se mostra,

cadenciado nas ruínas 

a sinfonia desapegada.

Chove raiva no céu crivado de armas,

e vai solitário

nas vidas horrorosas,

aqueles que relutam se agridem,

porque é inabalável

viver acompanhado.

Nada disse a tempestade 

sobre a morte social,

difícil combatê-la

se a cordialidade é efêmera,

os ventos são nuvens letárgicas,

e o coletivo é a vacuidade.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 06/09/2023
Código do texto: T7879568
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