INOCÊNCIA

Se falar-te incomoda os ouvidos,

Cantar-te-ei então nostalgia.

Pois fixa-se em mim às lembranças

Das noites cinzentas e frias.

Mas, que lembranças são essas

Fazem-me sofrer em agonias.

Diga-me, liberte-me.

Desta eterna fantasia.

Sim, mesmo a mim

Que vivo só de viver,

Não sei o que hei de fazer das minhas sensações,

Não sei o que hei de ser sozinha.

Na inocência desta escuridão

Naufraga meus pensamentos,

Sangrado, adormece o meu coração

Sem nunca Ter-lhe demostrado meus sentimentos.

Uma inexplicável ternura

Eu sentia, do eu desconhecido que jazia,

Frio como a brisa deste inverno

Que sorrir, desta inocência minha.

Morgana Rosa
Enviado por Morgana Rosa em 20/12/2007
Código do texto: T785775
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