Se eu morrer ainda hoje
Se eu morrer ainda hoje, que triste fado,
Na desilusão que me consome o peito,
Irei embora levando em meus segredos,
As mágoas que a vida me tem arquitetado.
Se eu morrer ainda hoje, triste jornada,
Deixando para trás sonhos inacabados,
As esperanças que um dia foram abraçadas,
Perdidas serão, como no vento soprado.
Se eu morrer ainda hoje, desamparado,
Não sentirei mais o toque do afago,
O vazio em mim será eternamente guardado.
Se ao partir, pudesse deixar um legado,
A melancolia viraria em algo vibrante,
E a desilusão sumiria, não teria sentido!