Ao final da noite

Os passos largos

E cambaleantes

Nesta via de

Mão dupla,

Tornaram-se errantes,

Pisando folhas no chão.

Ontem sendo passado,

E amanhã, algo esperado,

Tenta-se viver o hoje,

Mas o voo partiu

E sumiu em um céu

Sem estrelas,

Sem rastos, sem chamados.

De repente,

O mundo desabou

E uma nova vida surgiu

Carregada de sangue nas veias

Nesta longa noite

Que trouxe ressaca abundante

Na manhã.

Não se vê pássaros

Nem sente a chuva agora,

Apenas um sol estonteante

Em meio à ressaca

De arrependimento na

Rua do Champanhe:

Véspera, matutina,

Um desvio que declina

A máscara de nossa

Condição humana.

São fraquezas

E escolhas incertas

De provações e experiências

Em meio ao consequente

Olhar no espelho,

Onde a verdade, à tona,

Vem intensa de desafios,

Com o constante medo de

Repetir.

Adriano Vox
Enviado por Adriano Vox em 25/07/2023
Código do texto: T7845803
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