Ao final da noite
Os passos largos
E cambaleantes
Nesta via de
Mão dupla,
Tornaram-se errantes,
Pisando folhas no chão.
Ontem sendo passado,
E amanhã, algo esperado,
Tenta-se viver o hoje,
Mas o voo partiu
E sumiu em um céu
Sem estrelas,
Sem rastos, sem chamados.
De repente,
O mundo desabou
E uma nova vida surgiu
Carregada de sangue nas veias
Nesta longa noite
Que trouxe ressaca abundante
Na manhã.
Não se vê pássaros
Nem sente a chuva agora,
Apenas um sol estonteante
Em meio à ressaca
De arrependimento na
Rua do Champanhe:
Véspera, matutina,
Um desvio que declina
A máscara de nossa
Condição humana.
São fraquezas
E escolhas incertas
De provações e experiências
Em meio ao consequente
Olhar no espelho,
Onde a verdade, à tona,
Vem intensa de desafios,
Com o constante medo de
Repetir.