O MAR QUE ME LEVOU

Fazer-se o mar logo de veneno

Pousa-se sobre a água desse mar condenado

Vendo meu ódio fervendo no peito

Se espalhando na corrente do pecado.

E se a sombra dessa onda não fosse perversa!

Não teria eu mais medo de minhas rezas...

E se a corrente fosse larga de sentimento,

Tornaria a dor em lamentos...

E se esse mar fosse um mar do perdão

Estaria eu pensando na minha traição...

Ver-me só em versa...

Em que estou me tornando?

A secura esta me afogando...

Torno-me fúria,

Vendaval...

E as ondas que aqui me empurra para baixo

Revoltam-se com a minha falta de amar

E o meu medo de amor, como o nauta

Cala-se a cada fragmento de segundo...

Onde, ultimo ar embebido,

Mergulha ao esquecido

Ao fim do inicio

Em uma borbulha que me leva pra perto do fim.

SÉRGIO CARVALHO
Enviado por SÉRGIO CARVALHO em 19/12/2007
Código do texto: T783980
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