O MAR QUE ME LEVOU
Fazer-se o mar logo de veneno
Pousa-se sobre a água desse mar condenado
Vendo meu ódio fervendo no peito
Se espalhando na corrente do pecado.
E se a sombra dessa onda não fosse perversa!
Não teria eu mais medo de minhas rezas...
E se a corrente fosse larga de sentimento,
Tornaria a dor em lamentos...
E se esse mar fosse um mar do perdão
Estaria eu pensando na minha traição...
Ver-me só em versa...
Em que estou me tornando?
A secura esta me afogando...
Torno-me fúria,
Vendaval...
E as ondas que aqui me empurra para baixo
Revoltam-se com a minha falta de amar
E o meu medo de amor, como o nauta
Cala-se a cada fragmento de segundo...
Onde, ultimo ar embebido,
Mergulha ao esquecido
Ao fim do inicio
Em uma borbulha que me leva pra perto do fim.