MERGULHO DE CARA NO CHÃO
Em tempos de mergulhos no chão
Em tempos de escuridão
Apenas somos tão bem assim
Feitos escadas rolantes no jardim
Do estrato da terra
Fazendo tantas guerras
Em farsas e falsas falas
Que nos dizem que o mergulho no chão
É apenas o começo do fim
Que se aproxima antes da morte.
Em tudo o quanto se sabe
Em quase nada desnudado de sempre
É como escoar-se no vácuo movediço,
Aquela ilusão que não existe mais,
Pois a esperança foi embora
E não deixou endereço.
Fortaleza – CE, 2023.