Nervos
Nervos de pedra
coração de aço,
olhos sangrando pela madrugada.
Gotejando as sobras do passado,
ultrajado,
mendigando o pedaço do traço
do enlaço.
Mãos calejadas por caricias
negadas naufragadas.
Foragido o medo
o tempo urgi
surgi meu medo.
Desejo o porto
dos teus beijos
veleiro navega
me renegas
eu sangro
e me entrego.
Telma Sanchez