Um trem na estação

Encontrou na tristeza um porto seguro

E enterrou sua alma em um fosso escuro…

Não busca a saída, pois, sente-se em paz

Mas disfarça sorrindo o humor costumaz.

Seus olhos perderam-se no imenso vazio

E o amargor dos dilemas lhe causa fastio

Seu coração cansado perdeu a cadência,

Hoje bate silente e em baixa frequência…

Nada lhe surpreende e tampouco interessa

A celeridade das horas não mais lhe apressa

Atravessa noites insones e os dias sem vida

É um trem na estação aguardando a partida.

Da bagagem pesada não guarda lembranças

Já não faz mais planos e nem tem esperanças

Segue livre de mágoas, saudade ou lamento

Só necessita da paz que traz o esquecimento.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 25/06/2023
Reeditado em 04/05/2024
Código do texto: T7821807
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