Culpa

A Ouroboros dos gatilhos

retorna ao meu emocional exausto,

estou na cela açoitado por mim,

conjugado e repetível errático,

meus pecados são autofágicos.

E nesta alvura noite decadente

tua brochura leio com dor,

escura e desprezível miséria

contemplando a luz dos vazios;

Não esvanecendo a minha culpa.

Nas noites deste luar frio

choro pelas mentiras e pelo meu chorar,

acalmo e doravante repenso,

as lágrimas do impossível são assim.

Errado por ignorar importantes lições,

certo por ser honesto consigo,

de tantas caídas nas quais deslizei,

tornei-me uma ruína de resílios.

Pergunto: quantos erros te acertaram?

Pediste desculpas ao teu eu passado,

mas na oportunidade retribuída,

erraste de novo, e errante assim, sangrou.

Sendo cônscio na esfera da sinceridade,

todos vossos espíritos são notívagos:

vós sois corpos sombrios perambulando

a culpa e o trágico, a morte vos aguarda;

já a mim, nem a pá da cova me livraria.

Quero padecer.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 16/06/2023
Reeditado em 16/06/2023
Código do texto: T7815273
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.