Noites em claro
Na solidão da noite, ecoa a angústia em meu peito,
Um som mudo que me consome, sem ter jeito.
A dor se espalha, como um rio que não encontra seu leito,
Afogando-me em lágrimas, em um tormento sem proveito.
Oh, angústia profunda, companheira de meus dias,
Como um fantasma indesejado, sempre à espreita, vazia.
A incerteza me consome, em uma dança sombria,
E a angústia tece teias escuras em minha fantasia.
Mas ergo-me, enfrento a dor que me acompanha,
Pois sei que, além da angústia, há uma força tamanha.
Busco a luz no meio das sombras, a esperança que me ganha,
E transformo a angústia em versos, em poesia que se entranha.
Assim, sigo adiante, mesmo com o peito em chamas,
A angústia é apenas um capítulo em meio às tramas.
E no caminho incerto, descubro forças que me acalmam,
Enfrentando a dor da angústia, enquanto minh'alma se aclama.