PORTUÁRIO
Faz tempo que as águas estão turvas,
que as fontes sumiram e o azul degradou-se.
As lágrimas claras tombadas ao vento
secaram na pele sem nenhuma serventia.
Faz tempo que o porquê da alegria,
despencou sobre pedras pontiagudas,
lavadas pelo sal do mar,
levadas pelo sol de amar,
caídas pelo que há.
Faz tempo
que o que deixou de ser
não voltará a acontecer.
Tampouco,
simplesmente será.