PORTUÁRIO

Faz tempo que as águas estão turvas,

que as fontes sumiram e o azul degradou-se.

As lágrimas claras tombadas ao vento

secaram na pele sem nenhuma serventia.

Faz tempo que o porquê da alegria,

despencou sobre pedras pontiagudas,

lavadas pelo sal do mar,

levadas pelo sol de amar,

caídas pelo que há.

Faz tempo

que o que deixou de ser

não voltará a acontecer.

Tampouco,

simplesmente será.

COSTARELLI
Enviado por COSTARELLI em 11/06/2023
Código do texto: T7810616
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