DOR CONTÍNUA

Valdir Rangel

A dor está no parto

No retirar do que está guardado

Na tentativa de expelir

A vida para o espaço

Os mínimos e os máximos

Os eus os Eustácios

As poesias os epitáfios

A leveza a candura

Pode estar num abraço

A minha vontade é vencer

Tudo aquilo que eu faço

As dificuldades o cansaço

A espera constante

Nos incontáveis palcos

Me faz procurar tanto e nada eu acho

E as minhas dores continuam

Sendo as mesmas dores dos partos