Amante do Sol
Meu amor brilha quando me ignora, fecha a porta, me deixa fora enquanto simulo seu calor.
Ele seca minhas lagrimas, mas o motivo delas ele nunca sequer se perguntou.
Ele diz que me ama, mas sempre na cama, quando abre o cobertor.
E até mesmo meu silêncio ele interpreta como ardência da alma suja como qualquer escritor.
O sol nem sempre é quente, mas é bom ele estar aqui.
Sem o brilho da manhã às vezes eu sinto que não há motivo pra existir.
O que é até irônico já que sempre amei a noite muito mais.
Nela acordada eu sussurrava palavras, escondida dos meus pais.
Olho pra fora ouvindo Winehouse
A única que me entendeu nos meus 'quases' me pergunto onde que foi parar aquele outro eu...
Que se bastava
Não se amava, mas era si.
Com falhas e tralhas.
Com facas e garras.
Sem precisar de esmolas de um amor aos fins.