Vida
Vida
Não é sempre que a vida provoca risos
Também não é sempre que preciso chorar
Existe até o momento da passiva mansidão
Daquela dormência do nada........
Pausa prolongada de uma dor alimentada em gotas....
Ou a véspera de um soro da felicidade.
Assim estou eu.....
Aqui. Agora. Ontem. Depois. Paciente e manso, aguardando...
Numa expectativa tranqüila, ou na ondulante instabilidade final.
Do algo que virá...
E, assim estou....
Exatamente como me deixaram....
Aqui. Agora. Ontem. Depois. Aguardo o que virá...
O filete da emoção que percorrerá o caminho do meu sentir
E atravessa os meus sentidos...
Ela resfria, resfria, enrijece e machuca depois se solta e liberta a tensão.
Sempre assim, terei um lenço se for para chorar...
E, até o maxilar exercitado se for para gargalhar...
Passei a pomada de autocontrole, aumentei a dose da paciência e suportei.
Foi menos dolorido que imaginava...
Afinal, é mais fácil não sentir o que não se entende..
A ignorância é anestesia da vida.
Só quem sabe, sofre...
Só reclama quem conhece...
Assim, fiquei. Senti. Amorteci e fiquei...
Aqui. Agora. Ontem. Sempre......
Isa Piedras
11/12/2007