Modorra
É noite
Densa
Sólida
Fora
De alheios
Olhares
Arrasto
Peso morto
A vida
É uma farsa
Assisto
Fantoches
No olho
Dos holofotes
Não sou ator
Não sei fingir
Apenas rio
De piadas
Amarelas
Não lamento
Meu destino
Recolho-me
Perante o altar
De luz dourada
Ouço
Cantares
Antigos
Cheios de devoção
Cerram-se as cortinas.