Te Chamei de Monstro

Na primeira vez que te vi

Não observei de verdade

Apenas entendi sua essência

Ao rabiscar os detalhes

Na palavra dita não vive a realidade

O ato demostra o que a consciência se invade

E então eu te vi

Em luz,

em cor,

em sombra,

Afinal, te chamei pelo nome

Mas você não respondeu

Dizia seu nome ser outro

Atuou como quem não entendeu.

Na penumbra do seu olho

No frio do movimento

Na esquiva das palavras

O desconforto de ser visto,

finalmente.

Não pelo dizer,

mas pelo o que é.

Decidi te chamar assim como lembrança,

da realidade da sua essência.

Não importa como esconda,

Com palavras,

com atos,

com flores

ou com chubo.

Te vejo, enfim.

Te ouço e te escuto.

E te expulso.

Esther Saith
Enviado por Esther Saith em 05/05/2023
Reeditado em 27/07/2023
Código do texto: T7780731
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