Te Chamei de Monstro
Na primeira vez que te vi
Não observei de verdade
Apenas entendi sua essência
Ao rabiscar os detalhes
Na palavra dita não vive a realidade
O ato demostra o que a consciência se invade
E então eu te vi
Em luz,
em cor,
em sombra,
Afinal, te chamei pelo nome
Mas você não respondeu
Dizia seu nome ser outro
Atuou como quem não entendeu.
Na penumbra do seu olho
No frio do movimento
Na esquiva das palavras
O desconforto de ser visto,
finalmente.
Não pelo dizer,
mas pelo o que é.
Decidi te chamar assim como lembrança,
da realidade da sua essência.
Não importa como esconda,
Com palavras,
com atos,
com flores
ou com chubo.
Te vejo, enfim.
Te ouço e te escuto.
E te expulso.