Ilusão
Na pequena dimensão de um quarto
Entre paredes frias, desbotadas, sem vida
Brota o vermelho-sangue
De bocas que anseiam por paixões
Nos lençóis escorrem o suor
De corpos insatisfeitos
E uma magia misturada à frieza dos desejos
Quando o amor chega
Acontece uma explosão de felicidade
Uma felicidade efêmera
O suor seca
A paixão se foi
O amor foi uma invenção do poeta
Sobra na boca apenas o gosto amargo
Esverdeado, pela biles podre
De noites embriagadas
De falsas paixões.