O quanto te amei

Eu já te pertenci.

Meu amor já te dei.

por todo me abri,

para ti me doei.

E quiseste

as chaves do meu coração,

de cadeado

enferrujado,

a cópia engoli.

Mas tiveste

tudo na mão

quando me entreguei.

Hoje eu bebo qualquer veneno

em qualquer canto

para esquecer

o sabor do teu vinho.

O vinho guardado,

não tem carinho,

solitário como o guardador,

tem poeira de amor.

E por encanto,

e decanto

escorreu a garganta

e a ela arranha

despertando desejo,

mas na boca em vez de um beijo,

apenas amargor.

O vinho vinagrou.

Desleal guardião,

plantou rosas

espinhosas

e o fez sangrar.

Dissseste que não,

era só pra perfumar.

Insensível amante,

não fora amigo!

andaste comigo,

enquanto a caminhada

te fora inebriante.

Agora, findada jornada

mas não o antes.

A foto do passado

Ou o espelho de agora,

não me vejo ao teu lado

Nem do lado de fora.

Só Deus sabe o quanto te amei,

Amei, amei e amei

até não poder mais amar

só à Ele cabe me julgar,

ele bem sabe que tentei,

O meu amor preservar.

Cuido agora

de coração machucado

E do cadeado que abri.

sangrado,enferrujado

Se já me pertenceu,

Se já foi mesmo meu.

Te agradeço.

Obrigada pela canção

e pela valsa.

Não me aches falsa.

Não esqueço.

O que se viveu.

Estou aqui sozinha,

culpa também minha.

Eu bem sei,

eu tentei .

Me atiro no Sena.

Acuso à ti.

Em memórias me afogo.

Valeram a pena.

Então até logo,

Fico por aqui.

Giovanna Mattje
Enviado por Giovanna Mattje em 21/04/2023
Código do texto: T7769723
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