O quanto te amei
Eu já te pertenci.
Meu amor já te dei.
por todo me abri,
para ti me doei.
E quiseste
as chaves do meu coração,
de cadeado
enferrujado,
a cópia engoli.
Mas tiveste
tudo na mão
quando me entreguei.
Hoje eu bebo qualquer veneno
em qualquer canto
para esquecer
o sabor do teu vinho.
O vinho guardado,
não tem carinho,
solitário como o guardador,
tem poeira de amor.
E por encanto,
e decanto
escorreu a garganta
e a ela arranha
despertando desejo,
mas na boca em vez de um beijo,
apenas amargor.
O vinho vinagrou.
Desleal guardião,
plantou rosas
espinhosas
e o fez sangrar.
Dissseste que não,
era só pra perfumar.
Insensível amante,
não fora amigo!
andaste comigo,
enquanto a caminhada
te fora inebriante.
Agora, findada jornada
mas não o antes.
A foto do passado
Ou o espelho de agora,
não me vejo ao teu lado
Nem do lado de fora.
Só Deus sabe o quanto te amei,
Amei, amei e amei
até não poder mais amar
só à Ele cabe me julgar,
ele bem sabe que tentei,
O meu amor preservar.
Cuido agora
de coração machucado
E do cadeado que abri.
sangrado,enferrujado
Se já me pertenceu,
Se já foi mesmo meu.
Te agradeço.
Obrigada pela canção
e pela valsa.
Não me aches falsa.
Não esqueço.
O que se viveu.
Estou aqui sozinha,
culpa também minha.
Eu bem sei,
eu tentei .
Me atiro no Sena.
Acuso à ti.
Em memórias me afogo.
Valeram a pena.
Então até logo,
Fico por aqui.