PRATA SOBRE O MAR
Ah quem me dera, como os poetas,
ter a chance de ver a morte vir quieta!
Como vem de leve um cair de tarde,
que se sente quando o sol não mais arde.
Triste é passar a vida sem um grande amor!
Não valeria a pena, a existência só de dor...
Ah vem, tarde amiga! Que meu amor se foi...
Levando com ele imenso afeto que agora me dói!
Nesta hora, em que se sente o mistério
do fim do dia, quando se finda, do sol, o império!
Vem docemente, como uma suave brisa.
Sofrimentos me levam pelo mar, na água lisa...
Meus prantos, que caem sobre o mar,
confundem-se com o brilho do luar.
Trago nos cabelos muitas penas
ou será prata refletindo no mar apenas?
Revisora textual, Consultora literária, Membro da Academia Virtual de Poetas da Língua Portuguesa (AVPLP) - Acadêmica Titular do Brasil e de Portugal; Membro efetivo da U.A.V.I (União de Autores Virtuais Independentes); Acadêmica Imortal da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL) e Imortal Fundadora da Confraria Internacional de Literatura e Artes (CILA)
Inspirado no tema: "Chovendo prata sobre o liso mar" - Poema Melancolia, de Maria Firmina dos Reis