Medo de ser feliz
De que vale uma felicidade maior se é vulnerável?
Acabável, pode se desmanchar no sopro de um vento
É só momento, a cada instante mais desigual
E qual o sentido dessa alegria determinada?
Se do nada a infelicidade chega, surpreendendo a emoção
Que sem ação, no ápice, sente o declínio em seguida
De uma vida destruída, construída só de lembranças
Mansas, que não são mais que torturas vindas da mente
Como correntes, limitando um coração com alegria
E a energia contida se descarrega em futilidades
Que uma amizade gigante não consegue fortalecer
Nem esquecer os bons momentos que já houveram
E que tiveram o dom de iludir aprisionando
Mascarando a naturalidade que espantava a falsidade
Tirando a idade do que era pra ser belo!
E num paralelo tendo medo de ser feliz