Porque...

Porque…

Porque,

quando busco teus lábios,

Nem tua voz tu me cedes?

Porque,

Quando flores te trago,

Nem sequer me recebes?

Porque,

Quando grito seu nome,

Tão ligeiro te escondes,

Finjes que não me percebes?

Porque,

Quando digo te amo,

Finges não me ouvir?

Porque,

Se um poema declamo,

Um que eu mesmo escrevi,

Porque,

não da nenhuma importância,

Nem seus olhos descansas,

Sequer sobre mim?

Porque,

Quando busco um sorriso,

Se nega em me dar?

Porque,

Quando de ti preciso,

Nunca estás?

Porque,

Me machucas assim?

O que foi que te fiz?

Para me castigar?

Porque?

Há,já descobri.

É porque simplismente,

Nunca veio a existir,

Foi fruto da minha mente.

Coisas de um homem sozinho,

Que inventa carinhos,

Que nimguem lhe sente.

Ladislau Floriano.