REIS SEM TRONO
Sonhos exaltados à morte
Por falta de perspectivas
Onde o novo Reinado impera
Sem pódio de chegada,
Apenas pequenas lembranças
Ainda reinam em teu semblante triste
Pois a tristeza é algo que existe
Em teu corpo petrificado
Pela arrogância alheia
Que lhe impede de ser
Aquilo que sempre quis ser
O Rei está sem trono
O príncipe assumiu a dianteira de tudo
E nada escapa ao olhar agudo
Daquele Rei destronado
Pela falta de pensar
Dos príncipes de plantão.
O Rei construiu seu castelo
Os príncipes em pura destruição
Não fizeram nada por si e pela nação
Mas querem tudo para si
Sem ter trabalhado por um tostão.
Os príncipes mandam no pedaço
Sem nada fazer por nada
E nada consta nos arquivos
Que não respaldam em nada
Aquilo que deveria ser
No ser esquivante do ser
Que já não queria ser,
Pois seu trono tinha sido ruído
Pelas as arrogâncias dos príncipes
Que só maltratam o velho Rei
Que já deseja a morte instantânea
Para não ver tantas atrocidades
E seu reinado destruído.
A esquiva ainda reina
O sonho já perdeu o sentido
O Rei não está mais nu
A nudez é coisa do passado
E a rapaziada toma conta de tudo
Sem nada fazer
Capaz de mudar a direção do trem.
O trem está descarrilado
A estação foi para onde não sei
Só sei que os príncipes destroem tudo
E ainda requisitam o mundo para si,
Mesmo matando seus antepassados,
Bem como, teus futuros...
Os príncipes e princesas são a destruição
De tudo o que já foi feito no passado
Eles são a aberração
Do corpo do REI petrificado
Eles atiçam fogo em tudo
Queimando o rei e seu reinado
E ainda colocam a boiada para passar
Por cima de tudo o que era sagrado.
Agora estamos num outro tempo!
Tempo de a rapaziada mandar no pedaço.
Tempo de o Rei ficar calado
Só observando as atrocidades
Desempenhadas pelo novo principado.
Aires José Pereira é professor Associado I do curso de Geografia da UFR, possui vários livros e artigos publicados, é coautor do Hino Oficial de Rondonópolis e membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense – ACALANTO.