Lua de Outono
As folhas secas caíram suavemente de seus galhos secos
Passando por nós de uma maneira lentamente linda e suave
Esperava que estivéssemos juntos de verdade, minha doce ilusão.
Mas foram horas debaixo dessa árvore seca que me frustraram
Desculpe minha petulância
Parado aqui olhando para sua janela
Esperando que apareças e me olhe aqui vulnerável
Por noites sem dormir
Fez de mim pobre homem
Um ser de escrúpulos insubordinados e apaixonados
Pois penso durante dias, aqui parado.
Porque seres como eu, existem?
Talvez seja algo que cometemos em outra vida
Talvez só coincidência
Mas não existem tantos como nós que amamos o impossível
Pois aqui, debaixo desta lua de prata que banha a noite clara
Espero a mais rara aparição, e esperarei dias
Doce mulher
Creio que se apareceres, morreria em um súbito suspiro de alegria e susto
Então peso em meus poemas delirantes para as estrelas
Que mores entre as linhas da minha tinta
E entre as lembranças da minha alma
Meus olhos guiam pássaros da noite que pousam na sua janela
E meus membros se sacodem espantando o frio da noite de outono
Não espero nada mais esta noite
Estão partirei agora e a esquecerei em uma ressaca de versos
Anjo meu, espero-te em sonhos.
Mais espere, sua janela se abre
Atrás das lindas mãos seu rosto brota lívido como a noite
Porque aparecestes logo agora que partiria?
Agora não posso mais ir, nem que mil cavalos me guiassem.
Logo que viu a noite você se foi, fechando a janela suavemente
Fazes isso para me dares esperança amor?
Ficarei aqui agora, acompanhado da lua fria