Lua de Outono

As folhas secas caíram suavemente de seus galhos secos

Passando por nós de uma maneira lentamente linda e suave

Esperava que estivéssemos juntos de verdade, minha doce ilusão.

Mas foram horas debaixo dessa árvore seca que me frustraram

Desculpe minha petulância

Parado aqui olhando para sua janela

Esperando que apareças e me olhe aqui vulnerável

Por noites sem dormir

Fez de mim pobre homem

Um ser de escrúpulos insubordinados e apaixonados

Pois penso durante dias, aqui parado.

Porque seres como eu, existem?

Talvez seja algo que cometemos em outra vida

Talvez só coincidência

Mas não existem tantos como nós que amamos o impossível

Pois aqui, debaixo desta lua de prata que banha a noite clara

Espero a mais rara aparição, e esperarei dias

Doce mulher

Creio que se apareceres, morreria em um súbito suspiro de alegria e susto

Então peso em meus poemas delirantes para as estrelas

Que mores entre as linhas da minha tinta

E entre as lembranças da minha alma

Meus olhos guiam pássaros da noite que pousam na sua janela

E meus membros se sacodem espantando o frio da noite de outono

Não espero nada mais esta noite

Estão partirei agora e a esquecerei em uma ressaca de versos

Anjo meu, espero-te em sonhos.

Mais espere, sua janela se abre

Atrás das lindas mãos seu rosto brota lívido como a noite

Porque aparecestes logo agora que partiria?

Agora não posso mais ir, nem que mil cavalos me guiassem.

Logo que viu a noite você se foi, fechando a janela suavemente

Fazes isso para me dares esperança amor?

Ficarei aqui agora, acompanhado da lua fria

Uka
Enviado por Uka em 07/12/2007
Código do texto: T768350