Vidas Quadradas
Num dia comum, alegria
Em outros momentos, terapia
Sou tão indeciso
Não sei o quão sou preciso
Tenho tanto medo
De ter liberdade
Que me prendo afoito
Na falta de saudade
O brilho do olhar apagou
Ofuscado pelas luas ao redor
Onde fui aterrisar?
Em lua de sangue?
Meu foguete perdeu velocidade
E pegou fogo na atmosfera
Um pequeno passo para o homem
Mas gigantesco para a maturidade
Novamente me encontro olhando pros céus
Jogando a responsabilidade pro alto
E aguardando que a solução caia em meu colo
Múltiplas tentativas, o mesmo resultado
A recorrente teimosia, ignorando fatos
Nosso mundo realmente existiu?
Pura invenção?
Ou falta de atenção?
Perdidos em órbita, sem perspectivas no horizonte
Enrolados em teias de mentiras e conspirações
Meia Terra plana,
Em vidas capengas, quadradas.