Vidas Quadradas

Num dia comum, alegria

Em outros momentos, terapia

Sou tão indeciso

Não sei o quão sou preciso

Tenho tanto medo

De ter liberdade

Que me prendo afoito

Na falta de saudade

O brilho do olhar apagou

Ofuscado pelas luas ao redor

Onde fui aterrisar?

Em lua de sangue?

Meu foguete perdeu velocidade

E pegou fogo na atmosfera

Um pequeno passo para o homem

Mas gigantesco para a maturidade

Novamente me encontro olhando pros céus

Jogando a responsabilidade pro alto

E aguardando que a solução caia em meu colo

Múltiplas tentativas, o mesmo resultado

A recorrente teimosia, ignorando fatos

Nosso mundo realmente existiu?

Pura invenção?

Ou falta de atenção?

Perdidos em órbita, sem perspectivas no horizonte

Enrolados em teias de mentiras e conspirações

Meia Terra plana,

Em vidas capengas, quadradas.

Flavio Marcondes
Enviado por Flavio Marcondes em 30/12/2022
Reeditado em 30/12/2022
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