Sobre a paixão

A paixão me tem sido deveras ingrata,

hora me assanha,

hora me mata.

Me vira do avesso em questão de segundos,

me entorna prazer,

e destrói o meu mundo.

A tal da paixão é um jogo de cartas,

sou eu que embaralho,

mas ela trapaça.

De tanto que muda, já nem reconheço.

As vezes me assusta,

e das outras me esqueço.

Só sei que me deixa em total desalinho.

Com ela eu sofro,

sem ela, definho.