Amores brutos
Essa é uma poesia sobre amores brutos
Que se tropeçam em pontos e vírgulas
Há algumas semanas conversei com alguém
Que tinha sofrido um
Sofrido ou tido a sorte?
Enfim...
Só sei que bradava numa mistura
louca
doce
Intensa
e brilha-olho
de algo que, certamente, não tinha serenado
Falava que amou ele foi muito
Falava que não podia esperar mais
Falava que por mais que ainda quisesse
O tempo havia passado
E ele não dera valor
Falava elevando a voz
Se perdendo entre realidade e sonho
Eu nunca tinha visto algo assim
Um pesar e uma alegria em falar de alguém
Era como se as borboletas no estômago,
Mesmo mortas,
Ainda brilhassem.