Suor, calafrios e dor

No silêncio da quietude da minha dor;

Meus olhos revertem em lágrimas;

Dores inimagináveis de um coração que não só foi apenas partido mas totalmente dilacerado;

O peito apertado de uma dor sem fim.

Me levanto, me arrumo e saio;

Saio em busca de socorro;

De um colo ou um solo firme;

De chamego ou de um aconchego;

De um lenço ou uma caixa de klinex;

Sinto o pulsar de vida e calor em meu ser;

Mas a dor me sufoca,

Me cala, me amordaça.

O que sinto?

Como pode algo tão lindo e de tamanho poder de criação e transmutação,

Se transformar em algo tão especialmente mortal.

O que outrora foi o cerne de minha criatividade e luz, se transformou em um punhal de prata fincado a meu peito e que aos poucos vai se enterrando mais e mais.

Suor, calafrios, dor

Ainda busco em mim aquela luz

Tudo se apagou

O medo e a insegurança se instalaram

A escuridão é meu refúgio

Suplico por socorro

Dê-me a mão