Mário Quintana encarrega-se de defender a sua tese da deficiência do carácter humano. E coloca-nos sob o jugo da loucura, cegueira, da surdez, da mudez, da paraplégia, da diabetes, do nanismo, da miséria; num contexto de amor humano, que não é praticado.
 E diz que a amizade é o único amor que nunca morre

Eu ponho a pergunta: Será que ainda há espaço na alma humana para se construir uma amizade eterna? 


Descapacitado 

A maior das deficiências, 
que o humano carrega! 
É a sua desumanização. 
As diferenças, as questões. 
Lesões, que são o tributo. 
por um mundo em destruição. 
Que está a capitular. 
Submetido à crueldade 
Há palavras e emoções, 
que já não fazem parte, 
do vocabulário da vida. 
A amnésia, é colectiva. 
A alma, está entorpecida. 
As angústias, são selvagens. 
Já se não ouvem, gritos de alegria. 
Regozijos e abraços. 
Nem palavras de saudade. 
E a fraternidade?
Não tem qualquer significado. 
Hoje, a criança já nasce, 
para estas realidades. 
Assistimos, ao nascimento 
de um  homem, 
descapacitado de carácter. 
Será ,que ainda resta, 
na alma humana ,
algum pedacinho de amor, 
para construir uma amizade? 


De tta
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 05/12/2007
Código do texto: T765937
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