NASCIMENTO CASTIGADO
NASCIMENTO CASTIGADO
O castigo do lamento,
Gera o grito da sede individual e introdutória.
Os aromas do não escutado,
Afundam o senão em silêncios moribundos.
Inclinada ao sobrevoo,
A inutilidade física do gelo,
Compara-se à unicidade de línguas cortadas.
Os toques do tremor ritual,
Apegam-se aos instintos.
O raciocínio do medo,
Enfeita a amplidão do apoio.
Espalhada e atravessada,
A conclusão superficial se arrasta para direções fundas.
O tudo turvo,
Devolve o ar ao torpor.
O jogo possível do pranto,
Proporciona virtudes à inocência.
A lavagem infantil das idades,
Pensa na estabilidade da solidão.
No sangue da maldade,
O brincar despedaça o carnal da vivacidade.
À luz da infelicidade,
Aproximações jazem,
Ante as demonstrações do fim.
A descida dos sinais,
Pisa na nudez,
Resvalada da quietude.
A sabedoria afogada,
Chora pela ausência da respiração.
O pedido de perdão,
Motiva o ter da culpa nascente.
Sofia Meireles.