Algo banal
Como dói ver a vida,
Lentamente por entre os dedos, se esvair,
A cada segundo, o fim se aproxima.
Não sabemos a nossa hora,
Assim continuamos sonhando, entretanto,
Os sonhos, não se realizam.
Muitas vezes por serem utópicos,
Outras por falta de coragem,
As vezes por deles desistirmos.
Fato é que a dor e o desalento, hoje,
A mim se juntaram, abraçaram-me,
Tentando me arrastar.
Insistindo para que eu desista,
Querem que eu pare de sonhar,
Eles querem a minha loucura.
Nas trevas, desejam mergulhar-me,
Sussurram nos meus ouvidos:
“Desista”, “Você não merece”.
Meus sonhos são de amor,
Dar e receber, viver,
O verdadeiro e sincero amor.
Mas eles são utópicos,
E por entre os dedos escorrem,
E eu nada posso fazer, então dói.
Percebi que amor é algo banal,
Interesse de tolos, sonhadores,
Que por amarem, vivem a sofrer.