TRILHOS
Estou em um túnel
Atras é onde pisei
Não me volto para essa escuridão
Os ecos gotejam.
Túnel não sei de quê
A diante temo, pois não tem fim
Não existem bifurcações
Os ecos assustam.
Túnel é túnel
Não há locomotiva que trema o chão
Que passe fazendo barulho
Ou que engana-me com suas luzes.
Mas... olha! Uma luz no fim
Era um trem que dilacerou-me
Inalei fumaça e engoli fuligem
Nunca me esquecerei!
Quando passará de novo?
Anseio novamente seus olhos escuros.