O massacre
Algumas famílias ainda resistem
entrincheiradas em suas casas rosas,
amarelas, azuis ou sem cor.
Os mais velhos
olham assombrados pelas janelas,
sem acreditar no que estão vendo.
É uma luta desigual.
O exército de arranha-céus,
que se alimenta de pequenas casas,
quintais e jardins,
avança inexorável.
E avança surdo, mudo, cego.
Não consigo dormir
diante de um massacre desse.