A angústia do nunca
Já que não podemos ter tudo,
escolhemos o nada.
Não queremos restos, migalhas, improbabilidades,
essas sobras da inércia.
Preferimos a angústia do nunca:
nunca ter tentado, nunca ter saído do lugar,
aquele lugar confortável aos covardes
que até querem amar, mas nunca, jamais, decidir.