Ipomeia-Branca saudando o mar

Feito Ipomea sobre a praia eu me espalho

Mas meu espirito é um exímio caminhante.

Vezes encontra, até o veleiro, o seu atalho

E vai florir noutro jardim mais verdejante...

Seguindo rumo ao horizonte no além-mar

Para afogar as antigas mágoas superadas...

Reinventando outras maneiras de amar...

Entre as ondas de esperanças renovadas.

Ele já sabe que o destino é meu barqueiro

Cujas mãos firmes guia o leme da canoa...

Dita o rumo, até o farol, do meu cruzeiro

Em torno da ilha e dentro da velha lagoa...

Aqui da areia miro o azul do mar profundo

O eterno fluxo de correntes inconstantes...

Que atingem com firmeza o meu mundo...

Vezes arrastam as minhas raízes flutuantes.

Carregando-me para as ilhas de amarguras

E minhas pétalas viram chamas flamejantes.

Se as águas-vivas me causam queimaduras

Porém ignoro os seus efeitos castigantes ...

Pois como o sol sou sentinela por um dia...

À noite morro para renascer com a aurora.

Saudando o mar com esta singela poesia

Ao entardecer digo adeus e vou embora...

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 10/10/2022
Código do texto: T7624452
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