DECLÍNIO

Lá adiante, um horizonte.

O olhar que mira, mas não flerta,

a mente em eterno sinal de alerta,

o aperto, o desacerto, o caminhar incerto.

[Quando o longe está por perto

e as pausas nada mais causam.]

O assombro diante do espectro,

o esmiuçar circunspecto a manear o instinto.

A circunstância buscando a consequência,

a amargura latente sob a mesma aparência,

e na boca o alucinógino sabor do absinto.

[Quando o espaço é um vasto deserto,

e as causas nada mais pausam.]

Declino.

CAVALEIRO SOLO
Enviado por CAVALEIRO SOLO em 22/09/2022
Código do texto: T7611472
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