Cálice de migalhas de estrelas
Debaixo de um teto de espelhos
Ainda me engano
Com beijos tímidos
Com verdades secretas
Excretadas involuntariamente
Por atitudes sórdidas .
Debaixo da ilusão inusitada ,
Vejo poesias de areia
Que vaza na ampulheta do tempo,
Roubando a pedra preciosa da vida.
Debaixo de mentiras programadas ,
No engodo da esperança
Vejo solitudes inusitadas ,
Com a ternura programada
Com sabor artificial de esperança.
Debaixo das luzes de galáxias promissoras ,
Vejo a poeira de estrelas
Desperdiçado a única forma
De enxergar a si mesmo.