Luzes dos quartos apagados

O amor me arruinou

Me fez querer morrer

Dos rizos , foi so lembrança que restou

E do querer, só lagrima quer escorrer

Vasto silêncio solitude

Cinza da garoa titubeia

Fumaça do cancer que me quer bem

Equilibrio emocional que nunca vem

Alargo meu choro antes silêncioso

Onde ninguém jamais irá escutar

No profundo e espaçoso

Coração que não pude matar.

A chuva justifica meu caríz triste

Lava o sangue dos meus olhos

Que sangrando, te procura e insiste

Te ver nas luzes dos quartos apagados

A madrugada que intensifica emoções

Eu choro, grito, dou gargalhada

Fico em silêncio dentro das multidões

De uma alma amaldiçoada

Eu mesmo me praguejei

Me enforco no lençol sem coragem de morrer

Sinto gosto do vinho que beijei

Da primeira vez, que a morte fui conhecer.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 14/09/2022
Código do texto: T7605545
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