Luzes dos quartos apagados
O amor me arruinou
Me fez querer morrer
Dos rizos , foi so lembrança que restou
E do querer, só lagrima quer escorrer
Vasto silêncio solitude
Cinza da garoa titubeia
Fumaça do cancer que me quer bem
Equilibrio emocional que nunca vem
Alargo meu choro antes silêncioso
Onde ninguém jamais irá escutar
No profundo e espaçoso
Coração que não pude matar.
A chuva justifica meu caríz triste
Lava o sangue dos meus olhos
Que sangrando, te procura e insiste
Te ver nas luzes dos quartos apagados
A madrugada que intensifica emoções
Eu choro, grito, dou gargalhada
Fico em silêncio dentro das multidões
De uma alma amaldiçoada
Eu mesmo me praguejei
Me enforco no lençol sem coragem de morrer
Sinto gosto do vinho que beijei
Da primeira vez, que a morte fui conhecer.