Livrai-me do amor

Encaro a flor que sai do tijolo

quase morta pela garoa e musgo

Um trago no cigarro, uma oração na mente

Me livra de todo o hospício

De todo carcere

Esperar o calor evaporar os lampejos tristonhos , de uma recordação

Me livrar de todo amor mentiroso

Do olhar carrasco que me sorri

De toda maldição

Sou a pior de todas

O palido lúgubre rabujento

Arranhando fotos que memorizei

Imortalizando tudo aquilo

Que eu mesmo matei

Peço na prece , choro escondido

Grito perdido

Só ecoa e ecoa

O lamento arrependido

Sem forças pra me combater

Morro de dentro pra fora

Apodreço a raiz

Aqui nada brota

Que triste caríz.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 09/09/2022
Código do texto: T7602146
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