A Nós
O quarto está as escuras,
E o silêncio opressor me assusta
E tu a resonar calmamente ,
Foram tantas vidas sonhadas,
Insinuadas partidas e chegadas.
Os ruídos obscenos do jogo do amor,
Feito por prazer e com paixão
Com o teu inebriante e morno sabor.
Agora o quarto congelado
No espaço tempo, com a morte
Dos sonhos no palco mundo
Da nossa cama absurdamente
Fria, como um poço sem fundo.
Enquanto um cortejo de máscaras
Horrendas povoam meu imaginário,
E não me deixam dormir.
Afastado de te, abandonado
Na escuridão do nosso quarto,
Ao teu lado sem poder te tocar...
Fernando Alencar
23/11/2016**23:00