A Existência Esgarçada
Dançamos juntos na redoma de ossos
Rasuro teus olhos de tempestade
Frágil como a boca que consome a terra
Suas história, seus embargos e males
Descontinuamente caminho contra tua língua
Encontro teu peito oco alvo de cometas
Transito um batuque enfermo da pressa
Transbordo teu nome com remorso
O boto que comove com ausências
Eis um filho sem mãe ou pátria
Aprender a ser par, para evitar ser pai
Compunha com cadáveres de fomes hostis
A noite onírica contém iras
Reveladas no corpo apodrecido de Vênus
Agora ela é um híbrido de mistério e fórmula
Servindo particípio da farmácia
Ao mesmo tempo, canta urgência
Em um presente que a espreita
Evite traçar a língua com moiras
Pois seu lobby é sempre triunfante
Em um ritmo inconsciente
Orbito embaixo do teu semblante
Como viúva anunciando tua vinda
Em meu paladar bi partido por horas ímpares
Itinerante corpo me faz sentir seu gosto involuntário
Em um passado corrupto, formulava destinos inválidos
Faz-me anseios à eterna primavera em véspera
Como serás? Alegre? Transitivo? Denso? Pecado-estímulo?
Tudo que o mundo lhe deu foram assombros e escombros
Não existirá exaltação ou prudência. A terra já era breve
Tua inconstância entre mencionar os fluxos da tua ida
Fere a intuição de ciganos ao desviar do beijo da morte