meu chapéu de palha
os caminhos são nebulosos
e nunca traindo sua índole vil
traçam estradas por curvas
que pessoa alguma deseja percorrer
não se pode ser um velho senhor
com uma simples camisa azul
um simples chapéu de palha
cortando a grama em sua casinha amarela
satisfeito em sentir o sol o acariciar
e a semente de todo seu trabalho
germinando e ecoando no singelo fluir do cosmo
não
você precisa lidar com o impulso
raivoso e destrutivo
de dar apenas mais um passo
um suspiro
em direção ao caloroso abraço
do abismo
beijar com infinito amor a constante queda
ansiando pela simples compreensão
daqueles que assistem sem compreender
que todo esse jogo nunca foi uma escolha
não existe um rolar de dados
eles estavam errados
sue em sua camisa, tropece
brade até seus pulmões explodirem
você ainda estará em queda
e nunca sabe quando atingirá o chão