MEU CORPO
Esse meu corpo cansado,
Sofrido da vida,
De todo lado machucado,
Não aguenta mais pancada.
Sofre as desventuras da existência,
Do amor e das falsas amizades.
Já está em frangalhos,
Mas ainda resistindo.
Cheio de cicatrizes,
E feridas abertas,
Não se consola em nada,
Com a morte flerta.
Acabado e enfraquecido,
Sonolento e distraído,
Apenas vive a cada dia,
Num canto esquecido.
E eu aqui dentro,
Vendo tudo isso,
Continuo o maltratando,
Maldoso?, e submisso.
Quem me salva do precipício?
Já me coloquei aqui na beira,
Apenas mais um passo
E lhe cesso o sofrimento.